Ele,
o louco!
Ele, o louco
de amor!
Ele,
que é dois:
o amor
e o Amado.
Ele,
que é dois:
o dançarino
e a dança.
Ele-Aquele
cujos pés
brilham
rebrilham
como milhares
de luas
e sóis.
Presto
reverências
ao Senhor
Nityananda!
Ele-Aquele,
o de pele
vermelho-
dourada.
Ele-o-Outro,
cujo pescoço
é untado
com polpa
de sândalo.
Presto
reverências
ao Senhor
Nityananda!
Ele-Aquele-o-Outro,
que sempre canta
os nomes
de Radha
e Krishna!
Por favor, escutai
minhas poucas
palavras.
Minha mente
é louca, louca!
Ela se move
como um peixe,
na água, oscila
de um lado
a outro,
não tem paz!
Minha mente
é louca, louca!
Ela corre-corre
como o elefante
na floresta,
não tem paz.
É tão difícil
viver neste mundo
com a mente
descontrolada!
Por isso, presto
reverências
ao Senhor
Nityananda!
Ele-Aquele-o-Outro
que sempre canta
os nomes de Radha
e Krishna!
Esta mente,
este mundo
têm menos sentido
do que a água
contida
na pegada da pata
de um bezerro.
Que o Senhor Gauranga
tenha misericórdia.
Que o Senhor Nityananda
tenha misericórdia.
Se tudo é loucura,
se tudo é insanidade
entre ser louco
neste mundo
vaga mundo
e ser louco de amor
na dança-dançante-dançada
do dançarino de todas as danças,
mostrai-me o caminho
dessa última suprema loucura.
Oh Senhor de pele
vermelho-dourada!
Poema inédito de Claudio Daniel, inspirado no livro Nityananda, o mestre espiritual de todos os mundos, de Chandramukha Swami.
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