LIERATURA DE MERCADO é a produção literária divulgada por grandes editoras, em especial a Companhia das Letras, que escolhe autores e obras não (apenas) pela qualidade artística, originalidade temática e invenção formal, mas sobretudo pela facilidade de leitura, ou seja, pelo potencial de consumo. A atividade editorial é um segmento da economia que visa o lucro, assim como os açougues e supermercados. Para promover os seus produtos, a indústria editorial promove poetas e romancistas medíocres, ao lado de autores de qualidade já reconhecidos, influencia o resultado de concursos importantes, como o Jabuti, exerce sua hegemonia no que resta de crítica literária no país e faz da Flip o grande show room de seus produtos. O que tudo isso tem a ver com a literatura de qualidade? Muito pouco. O mais trágico é ver autores vendendo a alma, buscando o "sucesso a qualquer preço". Nada disso pode ser evitado, mas é possível uma resistência por parte daqueles que não concordam com os princípios capitalistas aplicados às letras. Essa resistência ganha alguma visibilidade para os que amam a literatura de verdade graças ao heroísmo de pequenas editoras independentes, como a Kotter, Demônio Negro, Córrego, Urutau, Lumme, entre outras, a revistas eletrônicas de qualidade, como Germina, Mallarmargens, Ruído Manifesto e ZUNÁI, REVISTA DE POESIA & DEBATES . Para reforçar essa linha de frente contra a mediocridade coroada foi criado o Banquete, Jornal de Resenhas e Crítica Literária, editado por Rita Coitinho , Paola Schroeder e por mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário