segunda-feira, 20 de julho de 2020
TRILHA
O amor é um lagarto em fuga:
desponta da testa a crina,
as patas se vestem de fogo.
Em nuvens , novelos devoram avelãs,
nossos pés encontram-se no espaço,
raptam luar olhares indiscretos
Ele me diz que a morte é uma delícia
(naufrágio ébrio de palavras flutuantes).
O tempo repartido
se retorce em contramão.
Flores brancas em águas profundas,
reflexo de hubris submersos
De súbito, vejo uma pinta em sua pele.
A noite dorme sobre rasgos e dores.
Clima de lua e medo carbonizou nossa memória,
dramas sem começo, meio, fim.
Sofrimento escravizado,estado de cansaço:
Dilaceramento.
Cadáveres enfileirados em correntes,
pixels gotejando de um dispositivo cerebral.
O cadáver delicado beberá o vinho novo:
Se non há senso il sentiero
alla fine del viaggio
dov'è lo splendore?
Criação coletiva ("Cadáver delicado") de alunos do Laboratório de Criação poética do professor Claudio Daniel)
Poetas:Dirce Carneiro, Ewaldo Schleder, Marcia Tigani, Bianca Amaro, Jade Luiza, Jose Couto, Carvalho Junior Scheila D. Sodré, Lourença Lou , Telma Srour , Flaviano M. Vieira, Maria Jacyra Lopes( não necessariamente nesta ordem)
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