Lua-cimitarra sobre os budas de
pedra em Bamiyan (asa 
sanguínea de grou)
sanguínea de grou)
(mandala
com olhos
de tigre) 
demolidos 
(o deserto,
espelho 
de fúrias)
e agora 
núpcias 
ritmadas 
em rasantes 
de F-16
(lágrimas 
veladas
sob o linho) 
(Om vajra 
sattva
samaya
manu
palaya):
diálogo surdo
(línguas-harpias)
entre a loucura
e leviatã
(Vajra bawa 
maha samaya 
sattva
ah
hum phe).
Vestida de ruínas,
a velha cega 
ora ao nicho 
vazio dos budas.
2001
(Poema do livro Figuras metálicas. São Paulo: Perspectiva, 2004)

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