Louis
Aragon (Louis
Andrieux), poeta e romancista francês, nasceu em 03 de outubro de 1897 em Paris. Sua família era
proprietária de uma pensão num bairro abastado da capital francesa. Após
concluir os estudos no Liceu Carnot, em 1916, ingressou na Faculdade de
Medicina da Universidade de Paris. Convocado para o serviço militar, serviu
como médico auxiliar durante a I Guerra Mundial. Após o conflito, retomou os
estudos e conheceu André Breton, que o apresentou ao surrealismo. Nos anos
seguintes, dirigiu, juntamente com Philippe Soupault e Breton, a revista Littérature. Aragon estreou como poeta
em 1920, com o livro Feu de joie, ao
qual seguiram outras publicações, como o romance Anicet ou Le Panorama (1921), a compilação de contos Le libertinage (1924) e a narrativa
satírica Le paysan de Paris (1926),
entre outras obras. Em 1928 conheceu Elsa Triolet, escritora russa, cunhada de
Maiakovski, que foi o seu grande amor e
com quem se casou. Filiou-se ao Partido Comunista Francês (PCF) e realizou, em
1930, uma visita à União Soviética. De volta a Paris, distanciou-se dos surrealistas
e publicou Le front rouge (1930), poema de temática
revolucionária, escrito sob a influência de Maiakovski. Nos anos seguintes,
Aragon publica poemas, artigos de jornal, ensaios e romances de nítida
influência marxista. Durante a Guerra Civil Espanhola, alistou-se como
voluntário e combateu ao lado dos republicanos. Quando a França foi ocupada
pelas tropas nazistas, em 1940, participou da Resistência, assim como Paul
Éluard, também militante do PCF. Entre seus livros publicados nesse período
destacam-se Le crève cour (1941) e Les yeux d’Elsa (1942), sua obra mais
conhecida, em que celebra o amor absoluto. Após a II Guerra Mundial, colabora
em jornais e revistas como Ce soir e Les lettres françaises e publica outros
livros importantes, como Elsa (1958)
e Le Fou d'Elsa (1963). Entre seus últimos títulos publicados destacam-se
os romances La mise à mort (1965) e Blancheou l’oubli (1967). Louis Aragon,
um dos maiores poetas franceses do século XX e um dos fundadores do
surrealismo, faleceu em Paris em 1982.
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