Décio Pignatari (1927-2012), poeta, ensaísta e tradutor brasileiro, falecido neste 02 de dezembro, aos 85 anos, de insuficiência respiratória, foi um dos mais representativos autores da poesia de vanguarda da segunda metade do século XX. Desde os anos 50, realizou experiências com a linguagem poética, incorporando recursos visuais, a fragmentação e a criação de novas palavras e formas de leitura, que culminaram no Concretismo, movimento estético que fundou junto com Augusto e Haroldo de Campos, com quem editou as revistas Noigandres e Invenção e publicou a Teoria da Poesia Concreta (1965). O movimento concretista teve repercussão internacional, influenciando poetas no Japão, Escócia, Portugal, México, Argentina, Alemanha, Canadá e outros países, que realizaram exposições e publicaram antologias de poesia concreta. Como teórico da comunicação, Décio Pignatari traduziu obras de Marshall MacLuhan e publicou ensaios como Informação, Linguagem e Comunicação (1968). Sua obra poética está reunida em Poesia Pois é Poesia (2004), que inclui poemas de crítica política e social, como Beba Coca-Cola, Cr$isto é a solução e Solviete para o verão de Maiakovski, além de poemas semióticos, construídos apenas com signos visuais, como Mallarmé vietcong, e composições cinéticas, que incorporam o movimento na leitura e transformação de letras, sílabas e palavras, como LIFE e O organismo quer perdurar. Décio Pignatari publicou traduções de Dante, Goethe, Heine, Shakespeare, Safo, Li T’ai Po e outros poetas de diferentes idiomas, épocas e estilos, reunidos em Retrato do Amor Quando Jovem (1990), 31 Poetas, 214 Poemas (1996) e a antologia Marina Tsvetáieva (2005), dedicada à poeta russa, contemporânea de Maiakovski, e publicou o volume de contos O Rosto da Memória (1988), o romance Panteros (1992) e peças de teatro, entre outras obras.
domingo, 2 de dezembro de 2012
DÉCIO PIGNATARI: O SINAL DE MAIS NA POESIA BRASILEIRA
Décio Pignatari (1927-2012), poeta, ensaísta e tradutor brasileiro, falecido neste 02 de dezembro, aos 85 anos, de insuficiência respiratória, foi um dos mais representativos autores da poesia de vanguarda da segunda metade do século XX. Desde os anos 50, realizou experiências com a linguagem poética, incorporando recursos visuais, a fragmentação e a criação de novas palavras e formas de leitura, que culminaram no Concretismo, movimento estético que fundou junto com Augusto e Haroldo de Campos, com quem editou as revistas Noigandres e Invenção e publicou a Teoria da Poesia Concreta (1965). O movimento concretista teve repercussão internacional, influenciando poetas no Japão, Escócia, Portugal, México, Argentina, Alemanha, Canadá e outros países, que realizaram exposições e publicaram antologias de poesia concreta. Como teórico da comunicação, Décio Pignatari traduziu obras de Marshall MacLuhan e publicou ensaios como Informação, Linguagem e Comunicação (1968). Sua obra poética está reunida em Poesia Pois é Poesia (2004), que inclui poemas de crítica política e social, como Beba Coca-Cola, Cr$isto é a solução e Solviete para o verão de Maiakovski, além de poemas semióticos, construídos apenas com signos visuais, como Mallarmé vietcong, e composições cinéticas, que incorporam o movimento na leitura e transformação de letras, sílabas e palavras, como LIFE e O organismo quer perdurar. Décio Pignatari publicou traduções de Dante, Goethe, Heine, Shakespeare, Safo, Li T’ai Po e outros poetas de diferentes idiomas, épocas e estilos, reunidos em Retrato do Amor Quando Jovem (1990), 31 Poetas, 214 Poemas (1996) e a antologia Marina Tsvetáieva (2005), dedicada à poeta russa, contemporânea de Maiakovski, e publicou o volume de contos O Rosto da Memória (1988), o romance Panteros (1992) e peças de teatro, entre outras obras.
Claudio, excelente texto sobre Décio Pignatari. Obrigada, pelas informações literárias sempre bem-vindas.Não sabia das duas últimas publicações do autor.
ResponderExcluirDécio trouxe um pigmento muito significativo, pessoal e Pignatário à poesia contemporânea brasileira. Contemporânea? Na verdade são estas pequenhas contribuições que ao longo da história tornam os grandes,grandes. Porque de resto tudo é vaidade.
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