Andréia Carvalho
é poeta curitibana. Escreve o blog O hábito escarlate. Tem poemas publicados nas revistas eletrônicas Zunái,
Germina e Eutomia e na revista impressa Polichinello. Seu primeiro livro, A Cortesã do Infinito Transparente, saiu
pela Lumme, na coleção Caixa Preta, em 2011, e foi lançado no evento literário ZOONA, em Curitiba. A poesia de
Andréia Carvalho é herdeira do simbolismo de Rimbaud e Mallarmé, no uso de
palavras raras, de sinestesias, jogos enigmáticos e construções metafóricas que
subvertem a representação linear daquilo que supomos ser a realidade. É uma
poesia que cria outras realidades, que se manifestam na própria experiência estética.
Sua sensibilidade musical, porém, está atenta à aspereza e ao ruído, à
desagregação de uma harmonia que não encontra eco na era da total dissonância.
Ela cria estranhas partituras, que rasgam o tecido da conformidade, com linhas
como estas: “moira cataléptica, zigoto de vestal”, “fecha o ecrã / e segue
muezzin a ordem de abraxás”, “cismo do decaído / não te canses do ofício / de
salgar a minha boca criptogâmiga”. É uma
poética da deformação e da teratologia, onde podemos enxergar, talvez, vestígios
de nossos próprios rostos.
Minha amiga e poeta preferida! Muito bem! Adriana
ResponderExcluirSem dúvida, Andréia é a única que me diz algo de novo. "A Cortesã do Infinito Transparente" é para mim um dos melhores livros dos últimos tempos. Tem de ser muito aplaudida, aliás, em pé.
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