sábado, 24 de setembro de 2011
POEMAS DE ABREU PAXE
EM SEXO LIVRE A LÍNGUA
entre as trevas e a seiva da sintaxe abundam palavras
inofensivas nada dizem à pátria por imitação os impérios
renovam os aspectos os tempos os modos
outro soldado emergia
unia a habitação a fonética e a fonologia ao sol de casa
pirâmides e intervalos o corpo cego texto
regenera cidades por visitar falida interacção
as meninas árvores nocturnas com portas e janelas polares
tudo treme sobre o papel a mesma travessia dispersa tudo
AGORA SEM FARO CALÍGRAFO
com a superfície em posição estrutural
configura-se inesperada montanha um gesto
espontâneo também o silêncio pintando folha no norte da língua
pálpebras previstas em casa chegam a seus pés
o milho que fosse caverna acesa
há uma mesma tarde na boca
os caroços olhos cristalinos permeiam constelações
na própria boca que rumo?
haverá um metálico lado do antigo depoimento
faz a presença a escultura
entra de alguma forma o triângulo de casa
A GARÇA ESTÓRIA FISCAL OS ESTADOS UNIDOS
cheira a glândula o sotaque de nuvens
por razão leitos de ontem
estreito sol a última rua da alma
pés na boca o repouso oco farol
istos jejuns
encharcado e puro quilo
a poça mesmo pano adensa-se
o esqueleto em cascata infixa os estados unidos
outra toalha mineral
apurava perfumes o tempo
carregava sozinho nossos corpos
na derivação ou composição suados e sujos
infinitos e esgazelados ora eufónicos
elegíveis duros rascunhos
dobram os sentidos do horizonte
aquilos na alma ficam os tentáculos envelheciam
apresenta-nos um distúrbio linguístico
ResponderExcluirarticulação caótica
que bom!