Fala à sua carne;
ao de dentro.
Voz que ignora
sua música.
Nem um sol
violeta.
Cada nervo soa
em outra
medida de tempo.
Impele
a partituras de faca.
A cor do esterno,
silêncio de medula.
Lá fora, o sol
queima o magro
cinza da cadela.
O táxi pára, desce
um homem
de gravata amarela.
Alguém acende
um e outro cigarro.
E a soprano sueca
canta uma ária
de sucos gástricos.
1999
(Poema do livro A Sombra do Leopardo.)
A segunda edição do livro A Sombra do Leopardo pode ser encomendada junto à editora, pelo e-mail orpheu@editoramultifoco.com.br
ResponderExcluirBom te ler, Claudio!
ResponderExcluirBeijo.
Grato pela visita, Lara.
ResponderExcluirBeso,
Cld.