Puras unhas no alto ar dedicando seus ônix,
A Angústia, sol nadir, sustém, lampadifária,
Tais sonhos vesperais queimados pela Fênix
Que não recolhe, ao fim, de ânfora cinerária
Sobre aras, no salão vazio: nenhum ptyx,
Falido bibelô de inanição sonora
(Que o Mestre foi haurir outros prantos no Styx
Com esse único ser de que o Nada se honora).
Mas junto à gelosia, ao norte vaga, um ouro
Agoniza talvez segundo o adorno, faísca
De licornes, coices de fogo ante o tesouro,
Ela, defunta nua num espelho, embora,
Que no olvido cabal do retângulo fixa
De outras cintilações o séptuor sem demora.
Tradução: Augusto de Campos
Caros, há um excelente ensaio de Octavio Paz sobre este poema no livro Signos em Rotação, da editora Perspectiva, não deixem de ler... em tempos de populismo, sejamos herméticos!
ResponderExcluirAh braços,
CD