terça-feira, 23 de junho de 2009
DOIS POEMAS DE FLÁVIO CASTRO
SÍSIFO
Treva aglutina atrofiadas criaturas
Escorço escarradefeca mijadomuro
Sinistra textura nivelada
Concúbinos cubículos
Floralumínia
Ácidas frutopedras
Estrelárvore solitária
Célebres bosques arqueados
Amálgamalma
Câncro verbovícero
Sábiosátiro unicórleão
Oeste galocanta outraurora
Negra palma branca
Vândala nervura autônoma
Sangüíneafumeguenta chamazulada
Euterônimo versificando mesmo verso
CÁRCERES
Plexo fecunda placenta oceânica
Focos feixes fluxos purpúreos
Perpétuas paredes cênicas
Térreo sorvo fúmego
Ferrorretorcidos
Ociosa luz varicosa
Azougue espelho braille
Gráficos becos estrangulados
Películo céu diminuto
Face sôfrega cérebro longe
Cilíndricas siglas labirínticas
Varzeanas nuvens controversas
A profundidade das colocações e a criatividade ao associar palavras, tornando-as mais expressivas, denotam o requinte do autor, que não peca.
ResponderExcluirEmbarcamos atônitos na exótica grafia, e acabamos por deslizar suavemente no escorregadio de sua imaginação, o que fascina, pois exige do leitor.
Parabéns pela escolha!
Gostaria de saber quanto tempo leva a análise de um comentário, pois fiz a postagem e não o localizei!
ResponderExcluirObrigada