Caros, estou vivendo no olho do furacão.
Vou lançar dois livros em junho: Fera Bifronte (prêmio Funarte, 2008), pela editora Lumme, e Letra Negra, pela Arqueria.
Na mesma época, sairão três novos títulos da coleção Caixa Preta, que organizo para a Lumme: Trânsitos, de Virna Teixeira, Fronteiras da Pele, de Ana Maria Ramiro, e Prática do Azul, de Jorge Lúcio de Campos.
Sou curador do evento Artimanhas Poéticas, que acontecerá também em junho, no Rio de Janeiro, no Real Gabinete Português de Leitura, com a participação de 25 poetas e críticos, incluindo dois convidados internacionais: Richard Price e Luís Serguilha.
Ufa!!!
Também estou coordenando o Laboratório de Criação Poética, curso dividido em vários módulos que já tem 20 alunos inscritos. Logo será preciso criar novas turmas.
Traduzo poemas de José Kozer, para a edição brasileira do livro Atividade do Azougue, além do Poeta em Nova York, de Garcia Lorca.
Em breve, preciso começar a editar as matérias da edição de agosto da Zunái.
Isto sem falar da defesa de minha dissertação de mestrado, na USP, da prática regular da Espada de Tai Chi e Aikidô, da atenção que preciso dar a Regina, Iúri, ao gato Tom, ao peixe Cicatriz e os vários imprevistos que surgem ao longo da jornada.
E sem falar da sobrevivência, cada vez mais difícil, sem um emprego fixo há cinco meses. A situação começa ficar punk, com poucas atividades remuneradas, e mal remuneradas.
Apesar de tudo, a sensação de liberdade não tem preço.
A coerência comigo mesmo também.
Há quem prefira vender a alma por um prato de lentilhas. Puxar o saco de políticos. Vender mentiras em escritórios de publicidade. Trocar os princípios éticos e estéticos por um sucessozinho qualquer.
Ser capacho dos pequenos ditadores que falam mas não ouvem.
Eu prefiro andar de cabeça erguida.
Prefiro assim: enfrentar as tempestades com delicadeza e paz de espírito. Leve, rápido e preciso como a lâmina de uma espada samurai.
Besos,
CD
Pouco são aqueles que prezam pela própria coerência. Em um mundo cada vez mais caótico e utilitarista, ser livre não é apenas questão de consciência. Parabéns. Atitudes como a sua demonstram que ainda existe autenticidade de vida. Um abraço amigo.
ResponderExcluirHilton Valeriano
Meus cumprimentos: ao poeta e à pessoa. Sucesso para os "dois"!
ResponderExcluirUm abraço
Nydia
ficarão boas estórias pra contar. nada vale mais do que um bonita coleção de estórias. coerente, ainda que desvairada.
ResponderExcluire pra minha coleção, quem sabe eu pego a próxima turma do laboratório de criação...
Caros, agradeço pelos comentários. Mariana, estou montando uma classe para junho; se você tiver interesse, escreva para mim, ok?
ResponderExcluirBeso,
CD
"Empregar todo o nosso desejo, todo o nosso esforço, toda a nossa inteligência para implantar, ou contribuir para implantar, uma ficção social em vez de outra é um absurdo, quando não seja mesmo um crime, porque é fazer uma perturbação social com o fim expresso de deixar tudo na mesma. Se achamos injustas as ficções sociais, porque esmagam e oprimem o que é natural no homem, para que empregar o nosso esforço em substituir-lhes outras ficções, se o podemos empregar para as destruir todas?"
ResponderExcluirFernando Pessoa
----
um beijo da
ÉLIDA ;-)
Manda bronca, irmão das letras!!!
ResponderExcluir