XXV
— alguma vez (inseto oculto na caixa de sândalo) foi possível?
ou seria (o livro de Heráclito aberto ao acaso) mera arquitetura
do imaginário (peixeazul afunda no tanque de outono)?
XXVI
esqueletos da noite
esfiapam farpas
nuncas de caranguejos
arranham órbitas
investidas em vogais:
noite é o nome da ferida
noite é o nome de nunca
onde queimam palavras,
silêncios, ódios, parietais:
ferida é o nome de nunca mais.
XXVII
caranguejos da noite
arranham farpas
esfiapam silêncios
em órbitas de vogais
parietais de esqueletos
investidos de ódios
em onde de nuncas:
noite é a ferida do nome
noite é queimam palavras
ferida é nunca de nunca mais
De cabelo aberto e boca em pé, aguardo ansiosamente.
ResponderExcluirPaulo Yonamine
de cabelo aberto e boca em pe´, aguardo ansiosamente.
ResponderExcluirPaulo Yonamine