CONVERSA
entre sombras de
árvores, a noite
relva, onde
pesadas as
palavras
desabam, como
frutos
pequenas equimoses
sob as
polpas.
* * *
Eu estou morrendo, ele disse.
O lápis verde escorrendo sob as pálpebras.
O que é ilusão nas horas transitórias.
Neste barco náufrago, atrás desta murada.
My little boy. Do what you want.
Os vultos na pista da dança. A música do Depeche Mode.
A fila interminável do banheiro sujo.
Uma cortina vermelha. Lá fora túneis, automóveis.
As manhãs também.
Empalidecem.
(Poemas do livro Distância. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2005.)
Sim, Virna é o máximo. Eta, poeta boa!
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