O QUARTOSeria um rito
O quarto se transfigura no raso
É aranha
Chuta a si mesmo da teia, teatralmente
Dá coices na espuma
Uma vedete no mar
Suas patas se trançam firmemente
Anula-se a insinuação de qualquer separação
Algas rudes lhe fazem cócegas
O quarto finge-se de morto na lâmina da água
Esconde as longas antenas
Ou as torna transparentes
O corpo se imobiliza
Ou se enrijece facilmente
O quarto volta à vida
Desloca-se de antenas em pé, altos estalidos
(Fragmento do poema O norte da ilha. Leia o texto integral na edição de fevereiro da Zunái.)
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