domingo, 25 de maio de 2014

DIÁRIO DE BORDO (XII)


Um projeto para o futuro: fazer um CD de poesia e intervenções sonoras. Não um CD de poemas cantados ou musicados, nem de recitação acompanhada de música instrumental, mas outra coisa: um trabalho focado nas possibilidades interpretativas da voz, com ênfase na distorção semântica, próxima a um certo abstracionismo, com intervenções de ruídos ou instrumentos musicais que não dialoguem com os textos, mas se oponham a eles, num deliberado atrito.

DIÁRIO DE BORDO (XI)


O que eu sempre busquei na poesia? Criar a sombra do sentido, um emaranhado de sons que seja estranho ao próprio idioma.

DIÁRIO DE BORDO (X)


A leitura do poema pressupõe o timbre (voz), a duração, a altura, os intervalos, as ênfases e o ritmo das frases. O ritmo é a interpretação do sentido do poema e pode enfatizar o pensamento, o conteúdo emocional ou a música das palavras. O que me interessa na leitura do poema é a porcentagem de distorção e ruído, que criam uma outra camada de texto, que se movimenta por uma lógica que não é gramatical, referencial ou emotiva: é a própria materialidade do som que se impõe, como borrões de tinta espalhadas na tela.

DIÁRIO DE BORDO (IX)


Eisenstein dizia que a montagem cinematográfica é conflito. Assim como no princípio do ideograma, a justaposição de imagens não é uma síntese de diferentes elementos, mas uma relação entre signos. "Não existe imagem, existe relação entre imagens", escreveu Godard. Busco a mesma coisa na leitura poética: criar o ruído e a distorção pela justaposição conflituosa de ideias e sons.

DIÁRIO DE BORDO (VIII)


Ezra Pound acreditava no "ritmo absoluto" que daria uma entonação emocional precisa, conforme o sentido do poema. Em minhas experiências com a entonação, busco exatamente o contrário -- criar uma sonorização em que o trabalho rítmico, a altura e o timbre criem situações de atrito com o sentido e com o próprio idioma -- algo como os borrões no expressionismo abstrato de Pollock.

DIÁRIO DE BORDO (VII)



Dziga Vertov criou o Laboratório do Ouvido. Com o auxílio de um fonógrafo, registrava sons de diversos lugares, da fala humana aos ruídos das ruas e fábricas. Depois, manipulava os sons, criando ambientações sonoras para os seus poemas.

TERRITÓRIOS MUTANTES: A POESIA DE MARCELO ARIEL


Marcelo Ariel é um estudioso de tradições filosóficas do Oriente, como o sufismo, o budismo, o taoísmo, e um leitor atento de autores considerados herméticos, como o romeno Paul Celan, o inglês William Blake e o português Herberto Helder, com quem compartilha o intenso lirismo amoroso e uma visão herética da espiritualidade, que celebra o corpo, a vida e o estar no mundo, com toda a sua beleza e crueldade. O autor, que vive em Cubatão, cidade industrial da Baixada Santista, pertence, cronologicamente, à chamada Geração 90, mas só começou a publicar os seus poemas em livro na década seguinte, sempre por pequenas editoras: Me enterrem com a minha AR15 saiu em 2007 pela Dulcineia Catadora, numa bem cuidada edição artesanal, e o Tratado dos anjos afogados saiu em 2008, pela Letra selvagem. Nessas obras, o poeta retrata um duro cotidiano de chacinas, favelas incendiadas e desastres como o conhecido episódio de Vila Socó, em 1984, provocado pelo vazamento numa das tubulações da Refinaria Artur Bernardes, que destruiu 500 moradias populares e causou centenas de mortes (o número permanece desconhecido até hoje). No poema Vila Socó libertada, por exemplo, o autor escreve: “(depois do fogo) / no outro dia / (sem poesia) / as crianças (sub-hordas) / procuram no meio do desterror / botijões de gás / para vender”. Em outra composição, intitulada O soco na névoa, Marcelo Ariel, utilizando técnicas de closes, cortes e montagens da linguagem narrativa do cinema, escreve: “No jardim esquizocênico, / Nas balas perdidas, / No perfume / das granadas / explodindo no bar / das Parcas: / Num Eclipse-invertido / seguido de uma chuva fina por dentro / do olhar / da criança recém-esquecida / nesse bar-iceberg para o ‘Bateau Ivre’ no sangue / dos amantes-kamikazes” (versos publicados no livro Tratado dos anjos afogados).

Insólitas sensações e paisagens

O desenho ácido da violência urbana, porém, é apenas uma das facetas da obra de Marcelo Ariel. O livro Retornaremos das cinzas para sonhar com o silêncio (São Paulo: Patuá, 2014), cujo lançamento aconteceu em maio no espaço cultural Hussardos, reúne boa parte da produção do poeta e é uma excelente oportunidade mergulharmos nesse universo de insólitas sensações e paisagens, construídas por um hábil artesão que sabe explorar a dimensão sonora, visual, quase tátil, das palavras, em composições como esta: “só o silêncio / intocado o enobrece, / mas não / queda-silêncio-esquecimento / do lugar-esquife, / ou queda-silêncio-equívoco / apenas / queda-símbolo / para o alto-fundo-horizonte-escuro / de seu Letes” (Sobre a morte de Paul Celan). O uso dos travessões e dos cortes sintáticos, além da estranheza com que revestem o discurso, confere agilidade ao ritmo prosódico das linhas e cria ideias pela inusitada associação de termos (lugar-esquife, queda-silêncio-equívoco). O poeta não deseja apenas despertar uma planejada reação emocional ou sensorial no leitor, à maneira de Álvaro de Campos, mas também convidá-lo à reflexão, à cumplicidade intelectual capaz de reconstruir o poema, descortinando outras possibilidades de leitura e interpretação.

As imagens poéticas de Marcelo Ariel são altamente sugestivas, aproximando-se tanto da tradição barroca quanto do simbolismo e do surrealismo – relidos pelo poeta de maneira livre, pessoal e instigante. Na composição intitulada No ultrassonho, por exemplo, o autor diz: “Estamos dentro de um açougue chamado corpo / de um aquário chamado mesa ou cérebro tocando o ar nas árvores / através de um copo até tocar esse osso do oceano em nosso olhar”. Fazendo um paralelo entre a linguagem poética de Marcelo Ariel e a de Herberto Helder, Claudio Willer observa: “Em comum com o extraordinário poeta português, a fusão ou hibridação de objetos e seres vivos, a ruptura de limites das coisas e dos corpos, as imagens luminosas como ‘osso do oceano’”. A experimentação de Marcelo Ariel, porém, não se limita a um único campo de pesquisa: sempre em busca de outras possibilidades para a comunicação poética, o autor investe em peças de alta concentração semântica (“Mãos de ninguém / Professam uma delicadeza / Suprema, / não existir / é para / o intocado / como lágrimas / que jorram em sonhos / sem existir / podem sorrir”), em longos poemas narrativos (Cosmogramas – Autobiografia impessoal) e inventos de prosa poética que dissolvem as fronteiras entre os gêneros (“, agora sou tudo, tudo o que explode, tudo o que racha, tudo o que fende e sinto um tipo novo de sede, sim, existe toda uma constelação de diferentes sedes dentro do corpo”, lemos na composição Salve infinito ou A morte de Clarice Lispector).

O misticismo profano de Marcelo Ariel não reconhece fronteiras entre homem e mundo, natureza e artifício, vida e linguagem: a síntese das dicotomias está presente em diversas composições do livro, entre elas um curiosíssimo poema em prosa intitulado No ex-Brasil (Xingu interior destroçado):

Sim, até as próprias fontes e o arvoredo te chamavam através da ‘Voz de Ninguém’ em Rútilo Perigeu vagavam Mônadas em pó que escapavam dos ossos do evento invisível Brazyl flutuando em volta como um Ex-Algo em Tempos filtrados jamais reencontrados, espaços fantasmas onde outrora um fio ecoava sua aura se expandindo no olhar sem limite, no Sol aberto como um zero infinito como o da Mesopotâmia, gravada pelo fio-Hubble lendo a árvore.

O engenho inventivo do poeta alia-se a uma ética de solidariedade que desconsidera dimensões temporais, geográficas ou culturais, aproximando-se de uma erótica miscigenada, proclive às fantasias neobarrosas de Nestor Perlongher. O parque do Xingu torna-se ao mesmo tempo metáfora e metonímia, índice de uma comunidade massacrada e de um território subjetivo, não menos doloroso; o próprio Brazyl, deformado pela grafia, sinaliza uma ideia deformada de nação, responsável por tantas tragédias, iniciadas com o genocídio indígena e que permanece, nos dias de hoje, nas matanças que acontecem nas periferias dos grandes centros urbanos, atingindo especialmente os afrodescendentes. Pouquíssimos poetas são capazes de construir um discurso crítico da realidade com tamanha expressividade e terrível beleza.

Claudio Daniel é poeta, professor de Literatura Portuguesa na UNIP, colunista da CULT e editor da revista Zunái.



domingo, 18 de maio de 2014

GRAFIA DE ASSOMBROS: A POESIA DE SIMONE HOMEM DE MELLO


Uma jornada em busca do inusitado. Ao longo do percurso, a paisagem é retalhada, recriada, formas dispersas e caóticas são combinadas em estranha tessitura. Distante de qualquer princípio de linearidade, o discurso é emaranhado como um novelo, em espirais de som e sentido. Sim: estou falando de Périplos, livro de estreia de Simone Homem de Mello, publicado em 2005, que traz pequenas narrativas recortadas por deslocamentos e aproximações de registros de viagens, citações e notas pessoais que habitam o imaginário da autora, paulistana que viveu por quase duas décadas em Berlim, onde trabalhou como tradutora e libretista de ópera. Sua voz é elíptica, estilhaçada, tem ritmo imprevisto, beirando a prosa – o que atribui certa vivacidade metálica aos monólogos e recitativos. A trama fabulatória, se está distante das crônicas do cotidiano, em sua previsível banalidade, aproxima-se do andamento e montagem de certos filmes: podemos pensar, talvez, em algumas sequências expressionistas alemãs da década de 1920, como as películas de Pabst, estreladas por Louise Brooks. O tecido fônico revela um meticuloso artesanato de aliterações, assonâncias, rimas imprevistas, numa sintaxe (fraturada) que não é abolida, mas reinventada, numa crítica do próprio discurso. A mescla de abstração e figurativismo, de melodia e ruído, em sucessivas camadas semânticas, indica bem a inquietação formal da autora, que não se contenta com a rotina do dizer poético. Seus poemas longos surpreendem pelo acabamento de estrutura, pelo encaixe pertinente de todos os elementos, como num cubo mágico ou jogo de quebra-cabeças. Assim, por exemplo, na composição De um postal do paraíso de Creuzfelder, extraviado nas águas do Piegnitz, um dos mais belos poemas do livro: “À guisa da serpente, / ela seduz, sibilina, / ou simula traduzir / ao invento (Adão atenta) / o intento do artífice. (...) / Em mímica ambígua, / diz e dissimula, / inocula, precisa, / a dúvida, finca / a presa, desnuda / a falácia da língua / dita adamítica”. A aparente leveza do poema, construída pela fluência melódica e ambígua sensualidade, não oculta as referências intertextuais, como a referência a Walter Benjamin, que no conhecido ensaio A tarefa do tradutor apresenta a hipótese de uma suposta língua primordial ou “adamítica”. Em outra composição, mais áspera (Pas de deux), Simone Homem de Mello revela sua vocação barroquista, filtrada pelo atonalismo: “só um corpo / dilacerado / entre objetos díspares, / escafandros corais candelabros clásticos / máscaras de esgrima ímãs facas vidraças / enviesado, / em híbrido jardim / de inverno, / primavera plena de gritos óticos”. Nesta enumeração caótica, os elementos são transformados (“jardim híbrido”, “gritos óticos”), adquirindo contornos cada vez mais sombrios, culminando na “dor afilada a bisturi / na tatuagem forjada / sobre a minha pele. / cicatriz / de um abismo / a dois”.

A opacidade da linguagem

“A trajetória poética de Simone Homem de Mello entre dois idiomas – português e alemão – influenciou sua opção pelo ruído e pela opacidade da linguagem como condição do fazer poético”, lemos na quarta-capa de Périplos. Esta opinião talvez já não se sustente, ao menos em relação a seu segundo livro, Extravio marinho, publicado em 2010. O artesanato rigoroso da linguagem permanece nesta leitora de Paul Celan, João Cabral de Melo Neto e da Poesia Concreta, mas ela já se permite a delicadeza e o intimismo de composições como acrônico, in loco: “o antes os traiu / tardaram nudez / vespertina / como se fosse hoje / e ofegaram distâncias / vítreas / em seu pertencer-se siamês”.  Em outra peça, de acentuada dicção minimalista, lemos: “róseo se esquece cego / (tudo entre um cristal) / ferido por olhos, eros / abisma-se íris, cílios / e no susto só pulso” (eros e psiquê). A intertextualidade permanece, mas a poeta aproxima-se, inclusive, de certo humor: “Após sete noites / (ou seria melhor contar em luas?) / Apollinaire continua não tendo razão. / E do Sena, resta ainda rio a correr?” (Le Pont Mirabeau, missiva). Com sutileza e refinado controle da técnica, Simone Homem de Mello constroi um poema de intenso lirismo, um dos mais belos do livro: “algo -- / foi sangria, foi granizo contra o vidro, / foi grito, foi -- / o que fez esquecer o tinteiro aberto, fez / ausente no mata-borrão / o verso / da escrita, seu duplo / que raro: eu / rastreara / alheio aposento / em meu próprio” (seu duplo, meu próprio). O tema do “duplo” ou doppelganger, diga-se de passagem, é tradicional na literatura alemã e despertou a atenção de autores tão diferentes como Gerard de Nerval, Chamisso e Jorge Luis Borges. A peça mais ambiciosa do livro, e que se situa exatamente no final do volume, é terrenos dísticos (para poucas vozes), em que a autora cria um barroco sutil, concentrado, em linhas concisas e elípticas, que aglutinam lirismo e paisagem em construções insólitas como estas linhas: “ora azul de labareda, língua / de fogo, outra cor sem corpo / (um azul esfumaçado, pois o esfumaçado / confere às coisas contornos mais tênues) / (...) / prescrevera um azul de fundo / e a textura, de que adiantaria / o tecido índigo se intangível / como essas mãos ao alcance / de lábios e longe leva o tormes / o que não se traduz em corpo”. Simone Homem de Mello é, sem sombra de dúvida, uma das autoras mais talentosas da poesia brasileira contemporânea, que venceu o desafio de superar a diluição do Modernismo para alçar voo em direção a outros territórios poéticos.

(Artigo publicado na edição de maio da revista CULT)

DIÁRIO DE BORDO (VI)


O Brasil é o segundo maior produtor de alimentos do mundo, o quarto maior produtor naval, o segundo maior produtor de energia hidroelétrica, o quarto país com maior força de trabalho e a sexta maior economia do planeta. Nossa burguesia, porém, aparece em primeiro lugar como a mais estúpida e reacionária do mundo.

DIÁRIO DE BORDO (V)


QUAL É O PAÍS SONHADO PELA DIREITA? Um país em que os programas de erradicação da miséria foram abolidos, com o inevitável crescimento dos bolsões de pobreza, da fome e da evasão escolar. A culpa pela pobreza é atribuída aos pobres. Um país em que se privilegia o mercado financeiro em vez da produção, o combate à inflação por meio das privatizações, do arrocho salarial, do desemprego e do fim de direitos trabalhistas, inclusive o seguro-desemprego -- "coisa de vagabundo". Um país em que as religiões afrobrasileiras foram postas na ilegalidade, os casais gays são proibidos de manifestarem carinho no espaço público e os negros são vítimas constantes de violência, com a cumplicidade da polícia e do estado.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

DIÁRIO DE BORDO (IV)


A Curadoria de Literatura e Poesia do Centro Cultural São Paulo foi criada em 2010 -- trinta anos após a inauguração do CCSP -- como apêndice da Divisão de Bibliotecas, sem autonomia ou orçamento próprio. Eu lutei contra isso desde o início, conquistei independência em relação às bibliotecas e verba própria para fazer uma programação de qualidade que incluía entrevistas na rádio web, festivais de poesia, publicação de plaquetes, palestras, debates e recitais. Após minha saída, fiquei calado, pois não desejava prejudicar a instituição ou eventual sucessor, mas não posso disfarçar a tristeza ao saber que o sr. Ricardo Resende, diretor do CCSP nomeado por Kassab e tucano de carteirinha, resolveu ressuscitar o projeto antigo, que subordina a curadoria de literatura à Divisão de Bibliotecas. Este é um imenso retrocesso e colabora apenas para que seja perdido o trabalho anterior numa inexpressiva rotina burocrática. Lamentável.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

ÀS CEGAS


Voici le temps des assassins

Rimbaud

  
Estranha anatomia do precário.

Uma cor difusa que atravessa

todas as membranas do medo.

Pensamento-ciclope deformado

no comando da sanha assassina:

é assim que a sociedade de classes

decuplica o abismo em abismos,

com sua raiva infecta, raiva refugo,

raiva corroída, que mata às cegas.

2014

quarta-feira, 7 de maio de 2014

DIÁRIO DE BORDO (III)


"No inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise." Dante Alighieri

segunda-feira, 5 de maio de 2014

DIÁRIO DE BORDO (II)


É CLARO que já havia linchamentos e execuções, especialmente de jovens negros, antes da declaração da jornazista CheiraNazi na televisão, em defesa dos pitboys que espancaram e prenderam um adolescente negro em um poste, numa imagem que recorda os antigos pelourinhos. Porém, quando uma suposta "comunicadora" usa a mídia para "justificar" a violência, é óbvio que isso tem consequências na sociedade. Não é possível continuarmos sem uma lei de regulamentação de mídia, que defina critérios de conduta éticos para os meios de comunicação. Isto não é censura, mas responsabilidade. Censura é o que já existe hoje na mídia, em que os jornalistas são obrigados a escrever suas matérias de acordo a opinião dos proprietários dos meios de comunicação, sem nunca ouvir o outro lado.

DIÁRIO DE BORDO


Lula declarou, no encontro nacional do PT, que é preciso apresentar à juventude uma "nova utopia". Concordo com ele e acrescentaria: é preciso convocar a juventude brasileira para uma nova Revolução Cultural, contra o racismo, o machismo, o fascismo, a homofobia e em defesa de uma visão mais pluralista, generosa e solidária de comunidade. Que passa, obviamente, por um projeto político. A reforma política, a democratização do judiciário e a regulamentação da mídia são pilares essenciais para esse projeto democrático, popular e socialista.

domingo, 4 de maio de 2014

sexta-feira, 2 de maio de 2014

EDIÇÃO ESPECIAL DE ZUNÁI, REVISTA DE POESIA & DEBATES



A edição impressa comemorativa dos dez anos da revista Zunái pode ser solicitada à Lumme Editor pelo e-mail contato@fgranciscodossantos.com.brO volume inclui artigos, entrevista, poemas, traduções e contos de autores como Augusto de Campos, Wilson Bueno, Maria Esther Maciel, Josely Vianna Baptista, Horácio Costa, Ricardo Corona, Frederico Barbosa, Abreu Paxe, Rodrigo Garcia Lopes, Ademir Assunção, Micheliny Verunschk, Nelson de Oliveira, Marcelino Freire, Gregory Corso, Peter Greenaway, Gerald Thomas, T. S. Eliot, entre outros.

NOITE PALESTINA


No dia 14 de maio, a partir das 19h, acontecerá o recital poético NOITE PALESTINA no espaço cultural Hussardos, situado na rua Araújo, 154, segundo andar, próximo à estação República do metrô. O evento, dedicado ao povo palestino, será realizado no mês em que se rememora a NAKBA ("catástrofe" em árabe), operação de "limpeza étnica" realizada pelas Forças Armadas de Israel entre 1948 e 1949 nos territórios ocupados que levou 750 mil palestinos para o exílio (hoje, são cerca de 5 milhões, proibidos pela entidade sionista de retornarem a suas terras e casas). Durante o recital haverá o relançamento do livro POEMAS PARA A PALESTINA, organizado por Claudio Daniel e Khaled Maahassen.