Caros, o Fórum Social Mundial Palestina Livre (FSMPL) acontecerá entre os dias 28 de novembro e 01 de dezembro, na cidade de Porto Alegre (RS). O evento é organizado por movimentos sociais, sindicatos, entidades estudantis e populares como a CUT, UNE, MST, Federação Árabe Palestina (Fepal) e conta com o apoio e participação da revista Zunái. Amanhã, às 14h, participarei da mesa temática "A arte de resistência e a solidariedade com o povo palestino", na Casa Palestina -- Usina do Gasômetro. Estarão na mesa comigo Natália Forcat, Luciana Garcia e o cartunista Eugênio. Na ocasião, haverá o lançamento da plaquete Qasaêd Ila Falastin -- poemas para a Palestina -- com textos de 15 autores brasileiros, entre eles Glauco Mattoso, Andréia Carvalho, Lígia Dabul e Jônatas Onofre. Quem quiser encomendar um exemplar da plaquete pode escrever uma mensagem para mim, pelo e-mail claudio.dan@gmail.com
terça-feira, 27 de novembro de 2012
POEMAS DE JOANA CORONA
biblioteca queimada -
a
silhueta dos livros na parede, um rumor
na
memória e depois do incêndio:
fuligem,
negrume, pó e
silêncio
no
chão, incógnito:
um labirinto de vidros quebrados
intransponível
senão
pelo olhar,
estilhaço
translúcido
espaço-esquecimento,
de
sombra
e luz
um
rastro, um rasto, um vulto
pensar em não ver
o que
não é imagem
os
óculos embaçados do café
a
neblina ofuscando um princípio
de
dia, pela janela
um
gesto qualquer de invisibilidade
sombra,
eco, um pequeno
traço
esboçado no ar,
uma
existência
constelação
de
não ditos, nuvens, pontos cegos e
mudos,
mutações
um
pacto de amor
uma
contravenção
morte:
a nossa, prolongada,
morrendo
um no outro
é bom estar no mar
silencio
contigo
na
água, na areia, no deserto, no dia ensolarado
de
janeiro
ficamos
a sós
ficamos
sós e calamos
diante
do nada
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
O PT E O JULGAMENTO DA AÇÃO PENAL 470
O PT, amparado no princípio da
liberdade de expressão, critica e torna pública sua discordância da decisão do
Supremo Tribunal Federal que, no julgamento da Ação Penal 470, condenou e
imputou penas desproporcionais a alguns de seus filiados.
1. O STF não garantiu o amplo
direito de defesa
O STF negou aos réus que não
tinham direito ao foro especial a possibilidade de recorrer a instâncias
inferiores da Justiça. Suprimiu-lhes, portanto, a plenitude do direito de
defesa, que é um direito fundamental da cidadania internacionalmente
consagrado.
A Constituição estabelece, no
artigo 102, que apenas o presidente, o vice-presidente da República, os membros
do Congresso Nacional, os próprios ministros do STF e o Procurador Geral da
República podem ser processados e julgados exclusivamente pela Suprema Corte.
E, também, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os
ministros de Estado, os comandantes das três Armas, os membros dos Tribunais superiores,
do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática em caráter
permanente.
Foi por esta razão que o
ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, logo no início do julgamento, pediu o
desmembramento do processo. O que foi negado pelo STF, muito embora tenha
decidido em sentido contrário no caso do “mensalão do PSDB” de Minas Gerais.
Ou seja: dois pesos, duas
medidas; situações idênticas tratadas desigualmente.
Vale lembrar, finalmente, que em
quatro ocasiões recentes, o STF votou pelo desmembramento de processos, para
que pessoas sem foro privilegiado fossem julgadas pela primeira instância –
todas elas posteriores à decisão de julgar a Ação Penal 470 de uma só vez.
Por isso mesmo, o PT considera
legítimo e coerente, do ponto de vista legal, que os réus agora condenados pelo
STF recorram a todos os meios jurídicos para se defenderem.
2. O STF deu valor de prova a
indícios
Parte do STF decidiu pelas
condenações, mesmo não havendo provas no processo. O julgamento não foi isento,
de acordo com os autos e à luz das provas. Ao contrário, foi influenciado por
um discurso paralelo e desenvolveu-se de forma “pouco ortodoxa” (segundo as
palavras de um ministro do STF). Houve flexibilização do uso de provas,
transferência do ônus da prova aos réus, presunções, ilações, deduções,
inferências e a transformação de indícios em provas.
À falta de elementos objetivos na
denúncia, deducões, ilações e conjecturas preencheram as lacunas probatórias –
fato grave sobretudo quando se trata de ação penal, que pode condenar pessoas à
privação de liberdade. Como se sabe, indícios apontam simplesmente
possibilidades, nunca certezas capazes de fundamentar o livre convencimento
motivado do julgador. Indícios nada mais são que sugestões, nunca evidências ou
provas cabais.
Cabe à acusação apresentar, para
se desincumbir de seu ônus processual, provas do que alega e, assim, obter a
condenação de quem quer que seja. No caso em questão, imputou-se aos réus a
obrigação de provar sua inocência ou comprovar álibis em sua defesa — papel que
competiria ao acusador. A Suprema Corte inverteu, portanto, o ônus da prova.
3. O domínio funcional do fato
não dispensa provas
O STF deu estatuto legal a uma
teoria nascida na Alemanha nazista, em 1939, atualizada em 1963 em plena Guerra Fria
e considerada superada por diversos juristas. Segundo esta doutrina,
considera-se autor não apenas quem executa um crime, mas quem tem ou poderia
ter, devido a sua função, capacidade de decisão sobre sua realização.
Isto é, a improbabilidade de desconhecimento do crime seria suficiente para a
condenação.
Ao lançarem mão da teoria do
domínio funcional do fato, os ministros inferiram que o ex-ministro José
Dirceu, pela posição de influência que ocupava, poderia ser condenado, mesmo
sem provarem que participou diretamente dos fatos apontados como crimes. Ou
que, tendo conhecimento deles, não agiu (ou omitiu-se) para evitar que se
consumassem. Expressão-síntese da doutrina foi verbalizada pelo presidente do
STF, quando indagou não se o réu tinha conhecimento dos fatos, mas se o réu
“tinha como não saber”…
Ao admitir o ato de ofício
presumido e adotar a teoria do direito do fato como responsabilidade objetiva,
o STF cria um precedente perigoso: o de alguém ser condenado pelo que é, e não
pelo que teria feito.
Trata-se de uma interpretação da
lei moldada unicamente para atender a conveniência de condenar pessoas
específicas e, indiretamente, atingir o partido a que estão vinculadas.
4. O risco da insegurança
jurídica
As decisões do STF, em muitos
pontos, prenunciam o fim do garantismo, o rebaixamento do direito de defesa, do
avanço da noção de presunção de culpa em vez de inocência. E, ao inovar que a
lavagem de dinheiro independe de crime antecedente, bem como ao concluir que
houve compra de votos de parlamentares, o STF instaurou um clima de insegurança
jurídica no País.
Pairam dúvidas se o novo
paradigma se repetirá em outros julgamentos, ou, ainda, se os juízes de
primeira instância e os tribunais seguirão a mesma trilha da Suprema Corte.
Doravante, juízes inescrupulosos,
ou vinculados a interesses de qualquer espécie nas comarcas em que atuam
poderão valer-se de provas indiciárias ou da teoria do domínio do fato para
condenar desafetos ou inimigos políticos de caciques partidários locais.
Quanto à suposta compra de votos,
cuja mácula comprometeria até mesmo emendas constitucionais, como as das
reformas tributária e previdenciária, já estão em andamento ações diretas de
inconstitucionalidade, movidas por sindicatos e pessoas físicas, com o intuito
de fulminar as ditas mudanças na Carta Magna.
Ao instaurar-se a insegurança
jurídica, não perdem apenas os que foram injustiçados no curso da Ação Penal
470. Perde a sociedade, que fica exposta a casuísmos e decisões de ocasião.
Perde, enfim, o próprio Estado Democrático de Direito.
5. O STF fez um julgamento
político
Sob intensa pressão da mídia
conservadora — cujos veículos cumprem um papel de oposição ao governo e
propagam a repulsa de uma certa elite ao PT – ministros do STF confirmaram
condenações anunciadas, anteciparam votos à imprensa, pronunciaram-se fora dos
autos e, por fim, imiscuiram-se em áreas reservadas ao Legislativo e ao
Executivo, ferindo assim a independência entre os poderes.
Único dos poderes da República
cujos integrantes independem do voto popular e detêm mandato vitalício até
completarem 70 anos, o Supremo Tribunal Federal – assim como os demais poderes
e todos os tribunais daqui e do exterior – faz política. E o fez, claramente,
ao julgar a Ação Penal 470.
Fez política ao definir o
calendário convenientemente coincidente com as eleições. Fez política ao
recusar o desmembramento da ação e ao escolher a teoria do domínio do fato para
compensar a escassez de provas.
Contrariamente a sua natureza, de
corte constitucional contra-majoritária, o STF, ao deixar-se contaminar pela
pressão de certos meios de comunicação e sem distanciar-se do processo político
eleitoral, não assegurou-se a necessária isenção que deveria pautar seus
julgamentos.
No STF, venceram as posições
políticas ideológicas, muito bem representadas pela mídia conservadora neste
episódio: a maioria dos ministros transformou delitos eleitorais em delitos de
Estado (desvio de dinheiro público e compra de votos).
Embora realizado nos marcos do
Estado Democrático de Direito sob o qual vivemos, o julgamento, nitidamente
político, desrespeitou garantias constitucionais para retratar processos de
corrupção à revelia de provas, condenar os réus e tentar criminalizar o PT.
Assim orientado, o julgamento convergiu para produzir dois resultados: condenar
os réus, em vários casos sem que houvesse provas nos autos, mas,
principalmente, condenar alguns pela “compra de votos” para, desta forma,
tentar criminalizar o PT.
Dezenas de testemunhas
juramentadas acabaram simplesmente desprezadas. Inúmeras contraprovas não foram
sequer objeto de análise. E inúmeras jurisprudências terminaram alteradas para
servir aos objetivos da condenação.
Alguns ministros procuraram
adequar a realidade à denúncia do Procurador Geral, supostamente por ouvir o
chamado clamor da opinião pública, muito embora ele só se fizesse presente na
mídia de direita, menos preocupada com a moralidade pública do que em tentar
manchar a imagem histórica do governo Lula, como se quisesse matá-lo
politicamente. O procurador não escondeu seu viés de parcialidade ao afirmar
que seria positivo se o julgamento interferisse no resultado das eleições.
A luta pela Justiça continua
O PT envidará todos os esforços
para que a partidarização do Judiciário, evidente no julgamento da Ação Penal
470, seja contida. Erros e ilegalidades que tenham sido cometidos por filiados
do partido no âmbito de um sistema eleitoral inconsistente – que o PT luta para
transformar através do projeto de reforma política em tramitação no Congresso
Nacional – não justificam que o poder político da toga suplante a força da lei
e dos poderes que emanam do povo.
Na trajetória do PT, que nasceu
lutando pela democracia no Brasil, muitos foram os obstáculos que tivemos de
transpor até nos convertermos no partido de maior preferência dos brasileiros.
No partido que elegeu um operário duas vezes presidente da República e a
primeira mulher como suprema mandatária. Ambos, Lula e Dilma, gozam de ampla
aprovação em todos os setores da sociedade, pelas profundas transformações que
têm promovido, principalmente nas condições de vida dos mais pobres.
A despeito das campanhas de ódio
e preconceito, Lula e Dilma elevaram o Brasil a um novo estágio: 28 milhões de
pessoas deixaram a miséria extrema e 40 milhões ascenderam socialmente.
Abriram-se novas oportunidades
para todos, o Brasil tornou-se a 6a.economia do mundo e é respeitado
internacionalmente, nada mais devendo a ninguém.
Tanto quanto fizemos antes do
início do julgamento, o PT reafirma sua convicção de que não houve compra de
votos no Congresso Nacional, nem tampouco o pagamento de mesada a
parlamentares. Reafirmamos, também, que não houve, da parte de petistas
denunciados, utilização de recursos públicos, nem apropriação privada e
pessoal.
Ao mesmo tempo, reiteramos as
resoluções de nosso Congresso Nacional, acerca de erros políticos cometidos
coletiva ou individualmente.
É com esta postura equilibrada e
serena que o PT não se deixa intimidar pelos que clamam pelo linchamento moral
de companheiros injustamente condenados. Nosso partido terá forças para vencer
mais este desafio. Continuaremos a lutar por uma profunda reforma do sistema
político – o que inclui o financiamento público das campanhas eleitorais – e
pela maior democratização do Estado, o que envolve constante disputa popular
contra arbitrariedades como as perpetradas no julgamento da Ação Penal 470, em
relação às quais não pouparemos esforços para que sejam revistas e
corrigidas.
Conclamamos nossa militância a
mobilizar-se em defesa do PT e de nossas bandeiras; a tornar o partido cada vez
mais democrático e vinculado às lutas sociais. Um partido cada vez mais
comprometido com as transformações em favor da igualdade e da liberdade.
São Paulo, 14 de novembro de
2012.
Comissão Executiva Nacional do PT.
sábado, 24 de novembro de 2012
FÓRUM SOCIAL MUNDIAL PALESTINA LIVRE
Caros, o Fórum Social Mundial Palestina Livre (FSMPL) acontecerá entre os dias 28 de novembro e 01 de dezembro, na cidade de Porto Alegre (RS). O evento é organizado por movimentos sociais, sindicatos, entidades estudantis e populares como a CUT, UNE, MST, Federação Árabe Palestina (Fepal) e conta com o apoio e participação da revista Zunái. Confiram abaixo algumas atividades do Fórum:
DIA 28 – QUARTA-FEIRA
A arte de resistência e
a solidariedade com o povo palestino
Prof. Claudio Daniel - Revista
Zunái; Eugênio Neves, Cartunista; Luciana Garcia, Historiadora e Natália
Forcat, Artista Gráfica
Entidade promotora:
FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil
A atividade promoverá
análise/debate sobre as formas de resistência e solidariedade ao povo palestino
através da charge, poesia e outras artes.
14h às 16 h - Usina do Gasômetro - Casa Palestina
A economia politica da
ocupação da Palestina
Prof. Dr. Jabr Omar –
Universidade Federal de Pelotas
Entidade promotora:
FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil
Propõe analisar os fatores
econômicos e geopolíticos por trás da ocupação da palestina. Desde a descoberta
do Petróleo na região do Oriente Médio, as grandes potencias sempre tiver
ambições que resultaram em estratégias politicas, econômicas e militares
visando o domínio da região. A Palestina, inserida nesse contexto, sofreu as
mais graves e conhecidas consequências dessa geopolítica internacional.
16h30 às 18:30 - Usina do Gasômetro - Casa Palestina
A comunidade palestina na
fronteira: afirmação cultural e força econômica
Profa. Liane Chipollino Aseff –
Historiadora
Entidade promotora:
FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil
A atividade tem por objetivo
refletir sobre a trajetória dos imigrantes palestinos na cidade de Santana do
Livramento (RS) a partir da década de 1960. Nesse período a comunidade local
passou a conviver com uma cultura diferente, diversa daquela tida como
“fronteiriça”, o que inicialmente gerou certo encantamento, dado o “exotismo”
de sua cultura e métodos de vendas.
16:30 às 18:30 - Usina do Gasômetro- Casa Palestina
DIA 29 – QUINTA-FEIRA
A luta de resistência das mulheres palestinas
Entidades promotoras: Marcha
Mundial das Mulheres (MMM), Federação Democrática Internacional das Mulheres
(FDIM), União Brasileira de Mulheres (UBM), Confederação de Mulheres
Brasileiras (CMB), CUT, MST/Via Campesina, Kairós e outras
14
às 16 h - UFRGS - Federal - Salão de Festas – Reitoria
Da Muralha de Ferro aos Muros
de Separação
Prof. Dr. André Gattaz -
Historiador
Entidade promotora:
FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil
Conferência com o historiador
André Gattaz, abordando aspectos históricos do conflito entre palestinos e
colonos sionistas, de maneira a melhor compreender o contexto atual da ocupação
israelense da Cisjordânia e a nova configuração do domínio sionista, baseada na
guetização da palestina por meio da construção dos muros de separação.
14 às 16 h - Usina do Gasômetro - Casa Palestina
As esquerdas palestina e
latino-americana: diálogos sobre a paz, a soberania e a descolonização
Entidades promotoras: Fundação
Perseu Abramo/FPA, Fundação Maurício Grabois/FMG, Foro de São Paulo/FSP
14 às 16 h – Assembléia
Legislativa – Plenarinho/Auditório
DIA 30 – SEXTA-FEIRA
A luta social na Palestina
ocupada
Entidades promotoras: Fundação
Maurício Grabois - FMG, Fundação Perseu Abramo - FPA e Foro de São Paulo – FSP
12:15 às 13:30 - Assembléia
Legislativa - sala Alberto Pasqualini (4º andar)
A Paz no Oriente Médio e a
Construção do Estado da Palestina
Entidades promotoras: Cebrapaz,
CMP, Capítulo Cubano del Foro Social Mundial, Movimiento Cubano por la Paz , OSPAAL, FEPAL, FEARAB
América
14 às 16 h – Assembléia
Legislativa – Auditório Dante Barone
Plenária "Estado da
Palestina Já”
Convocação do COMITÊ
PELO ESTADO DA PALESTINA JÁ! composto por 30 entidades nacionais:
CUT, FS, CTB, CGTB, UGT, NCST, CONTEE, CMP, Cebrapaz FDIM, MMM,
UBM, CMB, CMP, MST, CONAM, CNAB, MNU, UNEGRO, UNE, UBES, UJS, Juventude do PT,
FEPAL, FEARAB Brasil e América, BibliASPA, IJB, ABIB, IBEI.
O evento contará com várias
personalidades e autoridades nacionais e internacionais. A plenária definirá
ações propositivas de solidariedade ao povo palestino e será lido o Manifesto
“Estado da Palestina Já”.
16:30 às 18:30 – Usina do
Gasômetro – Casa Palestina
DIA 01 – SÁBADO
30 anos do Massace de Sabra e
Chatilla: heranças, cicatrizes e a sobrevivência dos refugiados
Lúcia Helena Issa – Jornalista e
escritora
Emir Mourad – Secretário Geral da
FEPAL
Nos dias 16, 17 e 18 de setembro
de 1982, o massacre nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, no
Líbano, deixou mais de três mil mortos. O ato criminoso foi executado por
milícias falangistas libanesas, com proteção e apoio do exército israelense,
que ocupava o país. A jornalista Lucia Helena esteve nos campos em 2010 e 2011
e conviveu com crianças, velhos, jovens, mulheres que carregam as cicatrizes da
chacina de parentes, amigos e familiares. Lúcia prestará seu testemunho de como
a luta por dignidade, sobrevivência e retorno estão presentes no dia-a-dia dos
palestinos de Sabra e Chatila. Da miséria e pobreza dos campos, Lucia descobre
a força da mulher palestina, sua determinação e coragem.
14 às 16 h - Usina do Gasômetro -
Casa Palestina
Sionismo, teoria e prática
Dr. Abdel Latif - Médico,
Conselheiro da FEPAL
Entidade promotora: FEPAL–
Federação Árabe Palestina do Brasil
O mundo que se autoproclama
civilizado adotou novos conceitos em relação a Israel: massacrar crianças
árabes é ato de autodefesa; campos de concentração para palestinos em Gaza e
Cisjordânia são Estado palestino; negar os direitos básicos dos palestinos a um
Estado livre e independente é garantia de segurança para Israel;
discriminação contra
os não judeus em Israel é necessário para manter o caráter judaico do Estado;
ter lei de retorno de dois mil anos a judeus e
negar o direito dos palestinos expulsos desde 1948 a
retornar é essência do Estado judeu; “democracia” que
exclui uma significativa parte da população (os não judeus) é “democracia” etc.
Esses conceitos e politicas praticadas por Israel tem sua origem no sionismo,
que desde o seu primeiro congresso em 1898, vem criando teorias e as praticando
de forma sistêmica e contínua.
16:30 às 18:30 - Usina
do Gasômetro – Casa Palestina
O Sarau Árabe-Palestino – A
Resistência da Milenar Cultura Palestina
Entidades promotoras: Instituto
Jerusalém do Brasil e
FEPAL – Federação Árabe Palestina
do Brasil
Com a participação de Gilberto
Abrão, Celso de Menezes, Claude Hajjar e Aída Gamal e Talita Vital e direção
de Ali
El-Khatib, Presidente do Instituto Jerusalém do Brasil.
O Sarau Árabe-Palestino tem
origens nas
Sahras. Sahra é o encontro noturno das famílias onde se conversa, se declama
poesias, se canta, se contam histórias e dançam. É uma atividade lúdica com
forte sabor de resistência dos valores familiares. Serão declamados poemas de
Mahmud Darwish, Fadwa Tukan e contação de estórias típicas das aldeias
palestinas e danças folclóricas. Será exibido o filme de Marcio Curi, A
ÚLTIMA ESTAÇÃO que
fez a abertura do Festival Internacional de Cinema de Brasília e participou do
Festival Internacional de Cinema de São Paulo.
19 às 23 h – Usina do Gasômetro –
Casa Palestina
ATIVIDADES AUTOGESTIONADAS PERMANENTES
DIAS 29, 30 E 01 - QUINTA,
SEXTA E SÁBADO
Mostra de Cinema Palestina Livre
Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro
de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina
do Brasil
A Mostra de Cinema
Palestina Livre apresenta filmes ficcionais e documentários que retratam a dura
realidade do povo palestino, sua persistente resistência e identidade. As
tentativas de apagamento de sua história e identidade, assim como os efeitos da
ocupação das terras palestinas, constituem alguns dos temas desta Mostra, que
integra um amplo projeto de estudos acerca da Palestina. Os
filmes serão acompanhados de debates.
20 às 22:30 – Usina do Gasômetro
– Casa Palestina
Exposição “Charges de Carlos
Latuff”
Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro
de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina
do Brasil
As charges realizadas por
Carlos Latuff abordam temas sociais e políticos do Brasil e do Mundo. Um dos
principais chargistas conhecidos internacionalmente, Latuff iniciou seu
trabalho como cartunista desenhando para um boletim sindical e permanece
trabalhando na imprensa sindical. Após viajar à Cisjordânia, na Palestina, em
1999, começou a dedicar-se a retratar a dura realidade do povo palestino,
buscando chamar a atenção pública para o lado mais desprivilegiado desse
embate. Atualmente, as charges de Latuff podem ser encontradas impressas em
jornais do mundo afora, nas mais diferentes línguas, ou em exposições como
esta.
9 às 22:30 – Usina
do Gasômetro – Casa Palestina
Palestina: Paisagem
Fragmentada
Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro
de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina
do Brasil
A exposição “Palestina:
Paisagem Fragmentada” apresenta fotografias que demonstram violações de
direitos humanos cometidas por forças israelenses em diferentes localidades
palestinas, a discriminação sofrida por palestinos e as dificuldades que essa
população enfrenta no dia-a-dia, de crianças a idosos.
Entre outros temas, a exposição
aborda as revistas forçadas, os controles militares e as colônias construídas
ilegalmente em território palestino, entre outros efeitos da ocupação
israelense.
9 às 22:30 – Usina
do Gasômetro – Casa Palestina
Composições gráficas da
Palestina a partir de poesia
Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro
de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina
do Brasil
Esta exposição, que
demonstra a força da resistência palestina em expressões artísticas como a
poesia e a arte visual, apresenta composições gráficas feitas pela artista
Janaina Elias a partir de versos do poeta palestino Mahmud Darwich utilizando o
gestual da escrita árabe e traduções em língua portuguesa publicadas pelas
Edições BibliASPA (Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países
Árabes).
9 às 22:30 – Usina
do Gasômetro – Casa Palestina
Exposição interativa Uma
terra sem povo para um povo sem terra
BibliASPA – Biblioteca e Centro
de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL – Federação Árabe Palestina
do Brasil
A exposição “Uma Terra Sem Povo
Para Um Povo Sem Terra” é composta de cartazes gráficos interativos sobre o
embate entre Israel e a Palestina. Produz um discurso visual em torno das
tensões sociais da vida cotidiana nesta região onde três continentes colidem e
propõe uma nova abordagem de pensamento sobre o conflito. O discurso é crítico,
mas também irônico e, de forma descontraída, expõe a situação atual, convidando
as pessoas a colorir os mapas e desenhos ao longo da exposição. Por
exemplo, mostra-se um mapa do território descontínuo e constantemente
interrompido da Palestina, ao lado da pergunta “Que território é este?” e das
opções A) ILHAS CARAÍBAS; B) ILHAS MAURÍCIO; C) ILHAS BORA BORA; D) PALESTINA.
A resposta vem acompanhada de texto explicativo sobre as restrições à
circulação e outra violações de direitos humanos. A exposição visa desconstruir
mitos como aquele que a nomeia.
9 às 22:30 – Usina
do Gasômetro – Casa Palestina
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
ISRAEL É UM ESTADO TERRORISTA E ASSASSINO
ISRAEL
NÃO É UMA DEMOCRACIA. É um país sem Constituição, em que o direito de cidadania
se confunde com a origem étnica e a crença religiosa. É um estado racista, em
que judeus e não-judeus não são iguais perante a lei e não têm os mesmos
direitos e deveres. Qualquer cidadão árabe pode ser preso a qualquer momento,
sem acusação formal ou direito de defesa, e permanecer meses prisioneiro,
submetido a tortura física e psicológica, sem o direito de receber advogado ou
familiares.
No
campo de concentração de ANSAR III, milhares de prisioneiros palestinos são
confinados, sem o respeito às cláusulas internacionais que salvaguardam
direitos de prisioneiros de guerra. Israel despreza todas as resoluções da ONU
que são contrásrias aos seus interesses, não assinou o Tratado de
Não-Proliferação de Armas Nucleares, não permite inspeções da AIEA à usina
nuclerar de Dimona e utiliza armas químicas contra populações civis, como as
bombas de fósforo branco, usadas no Líbano e na Palestina.
Israel
controla os recursos hídricos de Gaza e Cisjordânia, utilizando-os em seu
próprio benefício e reservando apenas o mínimo possível de água à população
palestina. São comuns os crimes ecológicos de Israel, como a destruição de
centenas de oliveiras cultivadas em territórios palestinos.
Em tempo:
dizer que em 1948 os judeus "retornaram à Palestina" é uma grande
mentira. O reino de Israel descrito na Bíblia existiu há 3 mil anos, e durou
apenas seis décadas. A civilização árabe-muçulmana palestina, por sua vez,
existe há 1.300 anos. Outra coisa: os judeus askenazis, brancos, loiros e de
olhos azuis, descendem dos khazares, povo europeu CONVERTIDO ao judaísmo e que
imigrou da Europa Oriental para a Alemanha e outros países europeus. Os
sefaraditas descendem de povos do Norte da África e da Espanha, também
CONVERTIDOS ao judaísmo. Os palestinos são originários da Palestina e foram
expulsos de suas casas e terras em 1948 para a criação artificial do estado
nazista de Israel, como base do imperialismo no Oriente Médio, para controlar
suas riquezas naturais e rotas de navegação.
DEPOIMENTO DE JOSÉ SARAMAGO
Pergunto-me
se esses judeus que morreram nos campos de concentração nazistas, esses que
foram perseguidos ao longo da História, esses que foram trucidados nos pogrons,
esses que apodreceram nos guetos, pergunto-me se essa imensa multidão de
infelizes não sentiria vergonha pelos atos infames que os seus descendentes vêm
cometendo. Pergunto-me se o fato de terem sofrido tanto não seria a melhor
causa para não fazerem sofrer os outros.
As pedras de Davi mudaram de mãos, agora são os palestinos que as atiram. Golias está do outro lado, armado e equipado como nunca se viu soldado algum na história das guerras, salvo, claro está, o amigo americano. Ah, sim, as horrendas matanças de civis causadas pelos chamados terroristas suicidas... Horrendas, sim, sem dúvida, condenáveis, sim, sem dúvida. Mas Israel ainda terá muito que aprender se não é capaz de compreender as razões que podem levar um ser humano a transformar-se numa bomba.
DEPOIMENTO DE MAHATMA GANDHI
O pedido por um lar nacional para os judeus não me
convence.
Por que eles não fazem, como qualquer outro dos povos do planeta, que vivem no país onde nasceram e fizeram dele o seu lar?
A Palestina pertence aos palestinos, da mesma forma que a Inglaterra pertence aos ingleses, ou a França aos franceses.
É errado e desumano impor os judeus aos árabes. O que está acontecendo na Palestina não é justificável por nenhuma moralidade ou código de ética. Os mandatos não têm valor. Certamente, seria um crime contra a humanidade reduzir o orgulho árabe para que a Palestina fosse entregue aos judeus parcialmente ou totalmente como o lar nacional judaico.
O caminho mais nobre seria insistir num tratamento justo para os judeus em qualquer parte do mundo em que eles nascessem ou vivessem. Os judeus nascidos na França são franceses, da mesma forma que os cristãos nascidos na França são franceses.
Se os judeus não têm um lar senão a Palestina, eles apreciariam a idéia de serem forçados a deixar as outras partes do mundo onde estão assentados? Ou eles querem um lar duplo onde possam ficar à vontade?
Este pedido por um lar nacional oferece várias justificativas para a expulsão dos judeus da Alemanha. Mas a perseguição dos alemães aos judeus parece não ter paralelo na História. Os antigos tiranos nunca foram tão loucos quanto Hitler parece ser.
E ele está fazendo isso com zelo religioso. Ele está propondo uma nova religião de exclusivo e militante nacionalismo em nome do qual, qualquer atrocidade se transforma em um ato de humanidade a ser recompensado aqui e no futuro. Os crimes de um homem desorientado e intrépido, estão sendo observados sob o olhar da sua raça, com uma ferocidade inacreditável.
E agora uma palavra aos judeus na Palestina:
Não tenho dúvidas de que os judeus estão indo pelo caminho errado. A Palestina, na concepção bíblica, não é um tratado geográfico. Ela está em seus corações. Mas se eles devem olhar a Palestina pela geografia como sua pátria mãe, está errado aceitá-la sob a sombra do belicismo britânico. Um ato religioso não pode acontecer com a ajuda da baioneta ou da bomba. Eles poderiam estabelecer-se na Palestina somente pela boa vontade dos palestinos. Eles deveriam procurar convencer o coração palestino. O mesmo Deus que rege o coração árabe, rege o coração judeu. Só assim eles teriam a opinião mundial favorável às suas aspirações religiosas. Há centenas de caminhos para uma solução com os árabes, se descartarem a ajuda da baioneta britânica.
Como está acontecendo, os judeus são responsáveis e cúmplices com outros países, em arruinar um povo que não fez nada de errado com eles.
Eu não estou defendendo as reações dos palestinos. Eu desejaria que tivessem escolhido o caminho da não-violência a resistir ao que eles, corretamente, consideraram como invasão de seu país por estrangeiros. Porém, de acordo com os cânones aceitos de certo e errado, nada pode ser dito contra a resistência árabe face aos esmagadores acontecimentos.
Eles podiam chamar a atenção e o respeito do mundo por serem a criação escolhida de Deus, em vez de se afundarem naquela brutalidade sem limites
M. K. Gandhi Harijan, 26 de novembro de 1938
DEPOIMENTO DE MALCOLM X
A LÓGICA SIONISTA
Os sionistas tem o direito legal ou moral de invadir a Palestina arábica, expulsar seus cidadãos árabes de suas casas e apoderar-se de todos os bens dos árabes para si, apenas baseados na reivindicação "religiosa" de seus ancestrais que ali viveram há 3.000 anos atrás? Há apenas 1.000 anos atrás, os mouros viveram na Espanha. Isto daria aos mouros de hoje o direito legal e moral de invadir a Península Ibérica, expulsar os cidadãos espanhóis e assentá-los em nações marroquinas ... que fazia parte da Espanha, como os sionistas europeus fizeram como nossos irmãos e irmãs da Palestina?
Os sionistas tem o direito legal ou moral de invadir a Palestina arábica, expulsar seus cidadãos árabes de suas casas e apoderar-se de todos os bens dos árabes para si, apenas baseados na reivindicação "religiosa" de seus ancestrais que ali viveram há 3.000 anos atrás? Há apenas 1.000 anos atrás, os mouros viveram na Espanha. Isto daria aos mouros de hoje o direito legal e moral de invadir a Península Ibérica, expulsar os cidadãos espanhóis e assentá-los em nações marroquinas ... que fazia parte da Espanha, como os sionistas europeus fizeram como nossos irmãos e irmãs da Palestina?
Em resumo, o argumento sionista para justificar a atual ocupação da Palestina arábica não tem base legal ou intelectual na história e nem em sua própria religião. Onde está o Messias deles?
(Editado e re-impresso no The Egyptian Gazette - 17/09/1964)
terça-feira, 20 de novembro de 2012
A POESIA REBELDE DE MAIAKOVSKI
Quarta-feira, dia 21/11/12, das
19h30 às 21h
Debate entre Zoia Prestes e Adalberto Monteiro sobre o
livro-poema Lênin, de Maiakovski, publicado
pela primeira vez em livro no Brasil pela Editora Anita Garibaldi.
Entrada Franca.
Sala de Debates do Centro Cultural São Paulo -- rua Vergueiro, n. 1.000, próximo à estação do metrô.
GALERIA: NICOLLAS RANIERI
Nicollas Ranieri
nasceu em 1991, em Uberaba (MG), onde vive. Publicou o livro de poesia Fragmentos (2005) e colaborou em
revistas eletrônicas, como Algaravária
e Zunái. Participou dos eventos
literários Tordesilhas, Festival Ibero-Americano
de Poesia Contemporânea (2007) e I
Simpoesia (2008).
POEMAS DE NICOLLAS RANIERI
CENA
o ar queima
o mar arde
borboletas
cospem larvas
dragões vomitam
infernos
universos
sóis implodem
silêncio
uma mulher
se despe
se masturba
da vulva
às
vísceras
TENTAÇÃO
metais
elípticos
entre pêlos
de tigres
espinhos
venenos
facas afiadas
fio por fio
no rosto
da amada
faces que
falecem
rastros de
urânio em
explosão
rastros de
um crânio
supernovas
na terra
fendas es
feras aves
saindo e
entrando
ilusões de
um lagarto
no oceano
PEDRA
é uma pedra
mas maquie-a aborígine
e a vista com tecidos
ósseos musculares epiteliais
e com lã e seda e cetim
deixe que ela ultrapasse
a forma do casulo e do caracol
mais do que um molde ou fantoche
dê a ela uma vida postiça
alfabetize-a andrógina e lasciva
faça disso um exercício físico
contudo ela é seca – frígida –
hostil
e se esquiva: sua origem mineral
quer ser definida pelo tempo
ela quer ser terra, areia
e alheia nada revela
ela se recompõe
é uma pedra
APETITE
com uma arraia
tatuada em suas costas
(invadindo talvez
seus órgãos
e suas costelas)
com um olho místico
tatuado em seu púbis
com seus olhos de gato
com sua epiderme
deserto ela me diz
que fabricamos feras
sem saber que abortei
sua gravidez apocalipse
delicadamente usei faca e garfo
que atravessaram o parto
em seu ventre prato
com seus pêlos pubianos
com suas pálpebras
com seus poros
estéril ela me diz
que fabricamos feras
sem saber que abortei
sua gravidez apocalipse
e alimentaria essas feras
com suas cinzas
e lembranças
(mas agora
assexuadas
acéfalas
elas se fabricam
anômalas)
latejante ela me diz
que fabricamos feras
teia que consome
a aranha
LONTRA
sem saber ela
inicia seus jogos
(primeiro
no seu andar
dança
enigmas
depois
no seu infinito
dança
enigmas)
me lanço
- náufrago -
no encantamento
fulgor
- fogo -
onírico
que tatua o
pensar
música no
crepúsculo
de tudo
máscaras
esfinge
- efígie -
nô - non
sense
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
GALERIA: ANDRÉA CATRÓPA
Andréa Catrópa (São Paulo, 1974) é doutoranda em
Teoria Literária (FFLCH-USP). Dirigiu o programa de rádio sobre poesia
contemporânea Ondas Literárias e publicou o livro de poemas Mergulho
às avessas (Lumme Editor:2008).